Eu já devo ter escrito milhões de coisas para você. As que você já leu, as que você não leu e as que você nunca vai ler porque guardei para mim. Ter você foi como entrar no mar de noite, sentindo as ondas engolirem meus pés, mesmo quando a placa claramente dizia para não entrar. Era saber que ia me magoar uma hora ou outra e ter realmente meu coração partido, mas valeu a pena cada segundo, porque agora eu sei qual a sensação de ser importante, de receber mensagem que me fazia fica bobinha, rindo para o celular em um dia de semana qualquer numa tarde qualquer.
Você me deu os clichês dos filmes que eu gostava, me deu músicas, me deu frio na barriga, me deu borboletas pelos lados, por dentro e mesmo quando parecia que tudo que ia restar era dor e mágoa por a gente não ter durado mais, ainda restou amor, ainda restou carinho e tudo o que consigo sentir por você continua puro e singelo.
Você foi a pessoa que eu mais quis e eu não soube manter, foi o primeiro e último garoto para quem eu disse “eu te amo” e realmente amei. Foi o garoto que me fez experimentar uns shots, umas aventuras, umas risadas, umas histórias.
Sempre que acho que tô te esquecendo, você volta pra minha mente sem voltar pra minha vida e dói te ver de longe quando ainda preciso de você de perto, bem perto.
Talvez um dia o futuro amor da minha vida olhe esse texto e se sinta irritado por saber o tanto de amor que senti por você, mas no momento… eu achava que você era o amor da minha vida e para a minha vida e que assim seria na sua também. Onde a gente falhou que não deu pra concertar? Por que a gente desistiu tão fácil de nós?
Talvez você ainda me ame, mas não como antes, como você disse, talvez você ainda sinta, mas nunca mais vai dizer. Tudo virou memória.
